terça-feira, 17 de abril de 2012

O Mestre e a Evolução - Contos Noéticos - Ensaio 6



"Aquela mulher o fascinara. Bastou olhá-la para sentir uma sintonia, algo indescritível. Uma sensação de estar de bem com a vida e uma intuição de que tinha muito a aprender com ela. A impressão que ficara é de que era uma fada, embora exteriormente não se parecesse com uma. Era algo interior, era sua alma iluminada que quase fizera com que perdesse a respiração, naquele momento em que ela entrara em seu campo de visão. Sua beleza era profunda e verdadeira. Não a beleza que passa com os anos, mas ao contrário, se torna mais bela com a experiência e sabedoria de viver.
A sintonia fora mútua. Logo iniciaram um diálogo e ele percebera o quanto ela era linda... Suas palavras eram leves e frescas como o orvalho numa manhã ensolarada, bem cedinho.
Com ela aprendera que a natureza muda a todo momento e é melhor nos juntarmos a correnteza da vida, deixando tudo fluir com delicadeza, no tempo certo, como uma flor que só desabrocha na sua hora... Não há como apressar a flor. Aprendera a ter o coração em paz, manter o equilíbrio 
Uma vez estavam conversando e ela lhe contara um dos cantos do poeta indiano Tagore, o que foi o ponto necessário para que ele aprendesse o verdadeiro sentido de amar: "Que meu amor não seja um fardo para você. Amo-a porque quero"."
(13/04/2012 - sexta-feira-23:46)

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