quarta-feira, 21 de julho de 2010

Calmo Refúgio - Do livro ...E a louca tinha emoção!- by Angélica Nogueira

Foto Isle of Wight - UK

Calmo Refúgio


Vontade de azul.

Viajar...

Sol, areia, céu, amar...

Novo destino a descortinar;

Descobrir estrelas-do-mar.



Água roçando a pele...

Brisa fresca,

Ao amanhecer.

Beleza da natureza,

Calmo refúgio a despertar,

Estremecer, suspirar!

Sentir o não sentido;

Santa lua em seu olhar.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Além do Plano Verão - Lindolfo Paoliello


 
...Aqui, nesta praia de Angra dos Reis, 'as seis da tarde, absolutamente só ao movimento do mar, dos barcos e dos pássaros, fico pensando porque será que não entrei ainda para casa, porque continuo há horas fazendo exatamente nada e concluo isto: evito quebrar o encantamento.
Neste momento escolhido por mim para estar aqui, construido por mim que me desloquei por centenas de quilômetros para vivê-lo, experimento um instante que é tão real quanto qualquer outro.
Se eu morrer aqui, agora, quem poderá dizer que esta não terá sido minha realidade? Acompanha-me, orienta-me, este pensamento: vivemos aquilo que nos toca. Se um momento nos toca, ele é a nossa realidade.
Se é fugaz, atípico, não faz mal; importa que nos tenha tocado e por isso está contabilizado em nosso tempo interior.
Esses momentos formarão a nossa existência que terá, ou não, sido vivida intensamente se tivermos deixado de entendê-los como fantasia.
Se tivermos sido capazes de viver plenamente esses instantes que surgem, tentam tomar conta de nós, elevam-nos no ar, brincam conosco, sem que tivéssemos nos dado conta de que por um momento fomos felizes.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

BRUNO LOPESSSSSSSSSSS!!!!!!!! Flor de Laranjeira


Flor De Laranjeira
Bruno Lopes
Composição: Bruno Lopes

Nosso amor

É uma coisa à toa

Tão perdida e boa

No espaço sideral

Teu canto

É som de cachoeira

Cor da noite inteira

Luz de eterno astral



Gosto

De subir nos telhados

De plantar bananeira

E dançar com as flores

Do meu jardim

Não me importo,

Se me chamam de louco

Se me entendem tão pouco

Eles não sentem o amor

Que está em mim



Colhe flor de laranjeira

Abre o broto da roseira

Nosso amor terra molhada

Chuva fina madrugada

Toda noite pé na estrada

Estou indo amar você

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Banquete dos Mendigos: Aventuras no Cotidiano Brasileiro - Lindolfo Paoliello


Lindolfo Paoliello: um escritor, poeta e jornalista, autor do livro : Banquete dos Mendigos: Aventuras no Cotidiano Brasileiro, entre outros.

Na foto: Lindolfo Paoliello e Angélica Nogueira, 'a direita. Empresário Marcus Nogueira e Jornalista  Vanessa Silva, 'a esquerda. Um brinde amigável no Retiro do Chalé, MG.

De Manhã Bem Cedo (Lindolfo Paoliello)

É quando acordo em plena madrugada e me ponho em contato com as manifestações dessa primeira hora que tenho a percepção mais forte de quem sou.
É quando me vejo leve, solto, desprendido, sinto 'a flor da pele o que ocorre 'a minha volta e tomo a madrugada como cúmplice dos meus sonhos.
É comum, então, eu ter a sensação de estar distante e as cargas que carrego, as mais pesadas, se apresentem leves e muitas vezes, nessas horas, me ocorre como desfazer-me delas.
E nessa hora sinto-me descompromissado e livre e parecem próximas as pessoas de quem gosto. Tenho então um reencontro com aquelas que se foram, vivo uma profunda interação com elas. Nelas me revejo e me corrijo, delas parto renovado, fiel, no entanto, a quem já fui.
É de manhã bem cedo que descubro a vida e me redescubro. É bem cedo, de manhã, que vejo com clareza o que ontem apenas era tênue sombra.
É de manhã quando mais amo, mais sinto, mais vivo....



quinta-feira, 1 de julho de 2010

HOMEM ALGUM É UMA ILHA – THOMAS MERTON

Por mais decadentes que pareçam o homem e o mundo e por mais terrível que se torne o desespero humano, enquanto o homem continuar a ser homem, é a sua própria humanidade que continuará a dizer-lhe: a vida tem um sentido. Essa é, de fato, uma das razões pelas quais tende o homem a rebelar-se contra si mesmo. Se ele pudesse ver sem esforço o SENTIDO DA VIDA e chegar sem tropeço ao seu fim, jamais discutiria o fato de que a vida bem vale ser vivida.



É O FOGO E NÃO A FUMAÇA DO FOGO, QUE NOS AQUECE. É o navio e não o seu rastro que nos leva. Assim também o que nós somos deve ser procurado nas invisíveis profundezas do nosso ser, e não na reflexão exterior dos nossos atos. Devemos encontrar o nosso eu verdadeiro, não na espuma excitada pelo choque do nosso ser com os entes ao redor, mas na alma – (pensamentos e sentimentos) , que é o princípio de todos os nossos atos.