"Eu sou uma mulher ridícula. Agora eles me chamam de louca. Isso seria uma promoção, se eu não continuasse sendo para eles tão ridícula quanto antes.
Mas agora já nem me zango, agora todos eles são queridos para mim, e até quando riem de mim - aí é que são ainda mais queridos. Eu também riria junto - não de mim mesmo, mas por amá-los, se ao olhar para eles não ficasse tão triste.
Triste porque eles não conhecem a verdade, e eu conheço a verdade. Ah, como é duro conhecer sozinha a verdade!
Mas isso eles não vão entender. Não, não vão entender."
Fiódor Dostoiévski, em Duas Narrativas Fantásticas.
E vocês sabem o que é um sonhador, cavalheiros? É um pecado personificado, uma tragédia misteriosa, escura e selvagem, com todos os seus horrores frenéticos, catástrofes, devaneios e fins infelizes... um sonhador é sempre um tipo difícil de pessoa porque ele é enormemente imprevisível: umas vezes muito alegre, às vezes muito triste, às vezes rude, noutras muito compreensivo e enternecedor, num momento um egoísta e noutro capaz dos mais honoráveis sentimentos... não é uma vida assim uma tragédia? Não é isto um pecado, um horror? Não é uma caricatura? E não somos todos mais ou menos sonhadores?"
(Fiodor Dostoievski, in "Escritos Ocasionais")
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Um comentário:
Ler o que vc posta aqui é uma DELÍCIA...Vc sabe servir bem suas palavras que mais gosta.
kisses!
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