O poeta não cita: canta.Não se traça programas,porque a sua estrada não tem marcos nem destino.Se repete, são idéias e imagens que volvem à tona por poder próprio, pois que entre elas há também uma sobrevivência do mais apto . Não se aliena, como um lunático , das agitações coletivas e contemporâneas, porque arte e vida são planos não superpostos mas interpenetrados, com o ar entranhado nas massas de água, indispensável ao peixe—neste caso ao homem, que vive a vida e que respira arte. Mas tal contribuição para o meio humano será a de um órgão para um organismo: instintiva, sem a consciência de uma intenção, automática , discreta e subterrânea.
"..ser feiticeiro da palavra,estudar alquimia do coração humano..." (J.G.ROSA)
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