sexta-feira, 24 de agosto de 2007

MAIS JOJO!!!!!!!!!!!!! BOM D+

Vamos todos morar dentro de uma casinha toda feita de lugar-comum para permanecermos inquestionados, inquestionando o mundo à nossa volta! Que tal uma vida imersa na inércia do pensamento... ahh, que vontade de me calar pra sempre. É tão mais fácil seguir o mapa pronto da festa, é mais simples existir sendo um ser binário que não aprende a informação, absorve-a através de "comos", não de "porques", segue assim até morrer.. e por que não morrer? Opa, "porque" é coisa demais pra nós que temos dor de cabeça nos fins de noite. Tibum - mergulho no vazio da cabeça, leio meu jornal.
*****jojonowa's fotolog


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as vezes, quando o barulho é muito
não ouço nada entre as mil palavras
e nesse pedaço de tempo, vento
de um cheio tão vazio, rio
o mundo fica exatamente,
completamente, totalmente,
tudo absolutamente igual
a absolutamente nada
TUDO igual a NADA

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As pessoas adoram suas bagagens. Nunca sabem quando é hora de largar todo o excesso pra deixar que novas coisas encontrem um lugarzinho. É. É um grande problema. Às vezes eu fujo. Quiçá, toda noite. Fujo, em pensamento, pra um lugar novo. Novo pra mim. Um lugar daqueles que pode ou não ter flores e jardins, que pode ou não ter espaço, que pode chover, pode nublar, pode ser tudo; enfim, um lugar. Nesse lugar, que tudo pode ser, posso eu ser tudo com ele. É lá que eu queria estar enquanto escrevo. Porque lá - eu sei - ninguém vai me julgar de acordo com as pequenas coisas que guardam de mim. Coisas que nem mesmo eu garanto terem sido minhas. Lá eles não guardam nada, eu acho. Às vezes eu volto. Acabo me envolvendo com a vida que tenho. A vida que gosto de ter, talvez por tanto gostar de ser. Mas, ao voltar, volto à incompreensão que parece inerente a mim. Será mesmo que é pra ser assim? Quero poder começar em branco. Quero poder ser tudo o que eu sou, sem ser lido por tudo o que fui. Já não sou quem eu era. Eu, principalmente. Eu, que sou tão reciclável. Eu, que mantenho a carcaça, mas que, sendo a inflamável caldeira que sou, não posso nunca ser um só.

Eu, que tanto tenho a dizer. Como é que podem me calar com esse conceito guardado, cheirando a mofo, cheio de pó e mistério, obsoleto em absoluto. Eles e suas bagagens. Hoje decidi jogá-las fora, as minhas, mesmo que tenha de viajar um dia. Levarei comigo só as impressões do presente e as leves lembranças que flutuam inocentes, mas que não pesam, preconceituosas, quando me lembro de quem quer que nelas esteja. Insisto em dizer: Sabem meu nome, a cor dos meus olhos... sabem quem sou? Abram suas malas. Vejam quem lá está. É, é bem fácil julgar.

jojo

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