quinta-feira, 31 de julho de 2008
O Mestre dos Mestres, Augusto Cury
Em O Mestre dos Mestres, primeiro volume da coleção Análise da Inteligência de Cristo, Augusto Cury faz uma original abordagem da vida desse grande personagem, revelando que sua inteligência era bem mais grandiosa do que imaginamos. Sob o ponto de vista da psicologia, Cury apresenta um fascinante estudo do comportamento de Jesus, iluminando os aspectos mais notáveis de suas atitudes. Quando se esperava que ele falasse, ele silenciava; quando se imaginava que ele puniria, perdoava; quando se achava que ele ostentaria seus feitos, mostrava-se humilde. Quando soube que seria preso, em vez de fugir, Jesus entregou-se ao destino e à morte. Ele viu de perto a fome, a miséria e a dor, mas manteve-se firme em seus propósitos. Tamanha era sua capacidade de gerenciar as emoções que, apesar das inúmeras provações por que passou, Jesus tornou-se o símbolo maior da esperança, do amor, da dignidade e da compaixão. Nestas páginas, você fará uma viagem pelos mistérios da mente do Mestre dos Mestres. Não importam quais sejam suas crenças, sua religião, posição social ou condição financeira, a mensagem de Cristo é universal e fala ao coração de todas as pessoas. (submarino.com)
Ajudando a chorar......Murray Lancaster
AJUDANDO A CHORAR
A menina chegou em casa atrasada para o jantar.
Sua mãe tentava acalmar o nervoso pai enquanto pedia explicações sobre o que havia acontecido.
A menina respondeu que tinha parado para ajudar Janie, sua amiga, porque ela tinha levado um tombo e sua bicicleta tinha se quebrado.
- "E desde quando você sabe consertar bicicletas?"
Perguntou a mãe.
- "Eu não sei consertar bicicletas!"
Disse a menina.
"Eu só parei para ajudá-la a chorar".
Não muitos de nós sabemos consertar bicicletas. E quando nossos amigos caíram e quebraram, não as suas bicicletas mas suas vidas, poucas vezes tivemos capacidade para conserta-la. Não podemos simplesmente consertar a vida de outra pessoa, embora isso seja o que nós gostaríamos de fazer.
Mas como a menina, nós podemos parar para lhes ajudar a chorar.
Se isso é o melhor que nós podemos fazer.
E isso é muito!
"Que a estrada se abra à sua frente,
Que o vento sopre levemente às suas costas
Que o sol brilhe morno e suave em sua face,
Que a chuva caia de mansinho em seus campos...
E, até que nos encontremos de novo,
Que Deus lhe guarde na palma de Suas mãos. "
Prece Irlandesa
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Saúde mental – Rubem Alves
...Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa. Cuidado com a música. Brahms e Mahler são especialmente contra-indicados. Quanto ‘as leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago?
E, aos Domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato.
Seguindo esta receita você terá uma vida tranqüila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. Você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram.
terça-feira, 29 de julho de 2008
Albert Einstein - O Gênio - A natureza
Albert Einstein (Ulm, 14 de Março de 1879 — Princeton, 18 de Abril de 1955) foi um físico alemão radicado nos Estados Unidos mais conhecido por desenvolver a teoria da relatividade. Ganhou o Prémio Nobel da Física de 1921 pela correta explicação do efeito fotoeléctrico; no entanto, o prémio só foi anunciado em 1922. O seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atômica, apesar de não prever tal possibilidade.
Devido à formulação da teoria da relatividade Einstein tornou-se famoso mundialmente. Nos seus últimos anos, a sua fama excedeu a de qualquer outro cientista na cultura popular: "Einstein" tornou-se um sinónimo de génio.Em sua obra literária Como Vejo o Mundo, Einstein procura enfatizar seu ponto de vista do mundo e suas concepções em temas fundamentais à formação do homem, tais como o sentido da vida, o lugar do dinheiro, o fundamento da moral e a liberdade individual.
Todos, no entanto, podem atingir a religião que ele denomina o último grau, raramente acessível em sua pureza total que ele chama pelo nome de Religiosidade Cósmica, a religiosidade que movia o seu interior, uma religiosidade que procura observar nas leis da Natureza , do Cosmo, uma sublime harmonia que em sua plenitude consegue ultrapassar infinitamente a nossa capacidade de compreendê-la na sua forma pura. E essa religiosidade, esse espirito de entender o celeste, certamente moveu homens como Isaac Newton, Galileu Galilei, Johannes Kepler, entre outros cientistas que se guiaram pela ciência pura.
Ele cita exemplos dessa religião cósmica nos primeiros momentos da evolução em alguns salmos de Davi e em alguns profetas. Em grau infinitamente mais elevado, o Budismo organiza os dados do Cosmos , que os maravilhosos textos de Schopenhauer nos ensinaram a decifrar. Para ele os gênios religiosos de todos os tempos se distinguiram por essa religiosidade ante o Cosmo.
Sua religiosidade, consiste em espantar-se , em extasiar-se diante da harmonia das leis da natureza , revelando uma inteligência tão superior que todos os pensamentos humanos e todo seu engenho não podem desvendar , diante dela , a não ser seu nada irrisório.Este sentimento desenvolve a regra dominante de sua vida, de sua coragem , na medida em que supera a servidão dos desejos egoístas.Indubitavelmente, este sentimento se compara àquele que animou os espíritos criadores religiosos em todos os tempos.
wikipédia
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Fiódor Mikhailovich Dostoiévski - wikipédia
Fiódor Mikhailovich Dostoiévski[2] (em russo Фёдор Миха́йлович Достое́вский, AFI [ˈfʲodər mʲɪˈxajləvʲɪtɕ dəstɐˈjɛfskʲɪj]; Moscovo, 11 de Novembro de 1821 — São Petersburgo, 9 de Fevereiro de 1881), ocasionalmente grafado como Dostoievsky, foi um dos maiores escritores da literatura russa. É tido como o fundador do existencialismo, mais frequentemente por Notas do Subterrâneo, descrito por Walter Kaufmann como a "melhor proposta para existencialismo já escrita."[3]
O reconhecimento definitivo de Dostoiévski como escritor universal veio somente depois dos anos 1860, com a publicação dos grandes romances: O Idiota e Crime e Castigo, este publicado em 1866, considerado por muitos como uma das obras mais famosas da literatura mundial.[4] Seu último romance, Os Irmãos Karamazov, foi considerado por Sigmund Freud como o melhor romance já escrito.[5]
É conhecido por explorar a autodestruição, humilhação e assassinatos, além da análise de estados patológicos que levam ao suicídio, loucura e homicídio: seus escritos são chamados por isso de "romances de idéias", pela retratação filosófica e atemporal.[6] O modernismo literário e várias escolas da teologia e psicologia foram influenciadas por suas idéias.[6]
Fiódor Dostoiévski - TÃO LINDO, MÁGICO, VERDADEIRO!
Mas agora já nem me zango, agora todos eles são queridos para mim, e até quando riem de mim - aí é que são ainda mais queridos. Eu também riria junto - não de mim mesmo, mas por amá-los, se ao olhar para eles não ficasse tão triste.
Triste porque eles não conhecem a verdade, e eu conheço a verdade. Ah, como é duro conhecer sozinha a verdade!
Mas isso eles não vão entender. Não, não vão entender."
Fiódor Dostoiévski, em Duas Narrativas Fantásticas.
E vocês sabem o que é um sonhador, cavalheiros? É um pecado personificado, uma tragédia misteriosa, escura e selvagem, com todos os seus horrores frenéticos, catástrofes, devaneios e fins infelizes... um sonhador é sempre um tipo difícil de pessoa porque ele é enormemente imprevisível: umas vezes muito alegre, às vezes muito triste, às vezes rude, noutras muito compreensivo e enternecedor, num momento um egoísta e noutro capaz dos mais honoráveis sentimentos... não é uma vida assim uma tragédia? Não é isto um pecado, um horror? Não é uma caricatura? E não somos todos mais ou menos sonhadores?"
(Fiodor Dostoievski, in "Escritos Ocasionais")
domingo, 27 de julho de 2008
DIETA DA ALMA
Cada dia cresce mais e mais a preocupação e os cuidados com o corpo. Não faltam dietas,
quer para emagrecer, engordar, manter
o peso, controlar o colesterol, etc.
Todas têm um caminho certo:
Cuidar do organismo através do controle da alimentação para uma vida mais saudável.
Com tanto esforço da dietoterapia e
das academias, seja louvável e necessário, não obstante, eu pergunto:
Quem vai cuidar da alma?
Qual a dieta que elimina as “toxinas” de nosso interior e o excesso de “gordura” de nossas emoções?
Na lógica das dietas alimentares, sem corte de tudo que é prejudicial para o organismo, seja por excesso e/ou
contaminação, não são possíveis saúde
e bem estar.
Partindo dessa lógica, eu gostaria de prescrever uma dieta para a alma,
a base de cortes radicais
que somente serão possíveis através de uma grande força de vontade.
Esta força de vontade
deve emergir da própria alma e será produzida pela certeza de que:
É preciso ser feliz.
Minha dieta está baseada na eliminação de cinco sentimentos que, enquanto estiverem em nós, produzem
uma espécie de “lixo” interior:
orgulho – inveja – amargura
vingança - ódio
Toda pessoa orgulhosa é doente e não se dá conta disso. O ORGULHO, via de regra, conduz ao isolamento social e se fundamenta numa
grande ilusão, de querer ser aquilo que se é.
Todo orgulhoso termina a vida frustrado e só.
Eliminando o orgulho, você libera outros sentimentos que tornarão sua
vida bem melhor.
A INVEJA é sempre um atestado de incompetência, além de ser pobreza de espírito. É também a revelação de um péssimo
caráter. O invejoso tem um sorriso falso, tem uma mente doente e geralmente contamina outras pessoas, destruindo amizades
e relacionamentos.
É bom a gente ver também o sucesso dos outros e ajudá-los em suas conquistas, pois neste mundo de DEUS, há espaço para todos.
O invejoso é um fraco.
Toda pessoa amargurada vive sempre com a alma sangrando por dentro, gotejando lágrimas de um eterno sofrer. A AMARGURA, quando cria raízes no coração, produz o
ressentimento, o desencantamento da vida,
a tristeza contínua que logo é refletida
através de um olhar distante e sem brilho,
pelo sorriso vazio ou pelo coração fechado para o amor. Quantas pessoas há que não conseguem mais sorrir, perderam completamente a alegria de viver! Como é possível viver feliz com amargura no coração ?
Na vida nada é melhor que um dia após o outro. Por isso mesmo evite ser uma pessoa de espírito vingativo, pois a VINGANÇA
é a arma dos fracos, dos que não têm DEUS no coração. A vida dá sempre
muitas voltas e deixe que ela mesma se encarregará de esclarecer muitas coisas e,
por mais difícil que seja, abençoe sempre
os que lhe desejam o mal.
Aprender a abençoar é também aprender
a ser livre.
Por último, não permita jamais que o ÓDIO
se instale dentro de você. Ele é uma espécie de tumor maligno em nossa afetividade e poderá um dia evoluir para um grande
tumor maligno em nosso corpo.
Ele é irracional, prejudicial e desnecessário.
O ódio é sempre a negação do amor e falta
do amor revela a ausência de DEUS.
Quem odeia, não perdoa, e quem não perdoa vive intranqüilo, sem paz e cheio de remorso. O ódio é o câncer da alma!
A vida é um dom de DEUS.
Viver bem é uma necessidade e também um desafio. Cuide de seu corpo,
elimine tudo que lhe faz mal,
...Mas cuide também de sua vida interior
eliminando as “toxinas” e as “gorduras” da alma; elas adoecem as emoções, deformam a estética de nossa interioridade e
produzem muitos males ao longo da vida.
“Finalmente irmãos, tudo o que
é verdadeiro, tudo o que é respeitável,
tudo o que é justo, tudo o que é puro,
tudo o que é amável, tudo o que é de
boa fama, se alguma virtude há e se
algum louvor existe,
seja isso que ocupe o vosso pensamento”.
(Filipenses 4 : 8)
sábado, 26 de julho de 2008
O poeta não cita: canta... Guimarães Rosa
"..ser feiticeiro da palavra,estudar alquimia do coração humano..." (J.G.ROSA)
superar marcas, desafiando os riscos
A luta e a lição
Um brasileiro de 38 anos, Vítor Negrete, morreu no Tibete após escalar pela segunda vez o ponto culminante do planeta, o monte Everest. Da primeira, usou o reforço de um cilindro de oxigênio para suportar a altura. Na segunda (e última), dispensou o cilindro, devido ao seu estado geral, que era considerado ótimo.
As façanhas dele me emocionaram, a bem sucedida e a malograda. Aqui do meu canto, temendo e tremendo toda a vez que viajo no bondinho do Pão de Açúcar, fico meditando sobre os motivos que levam alguns heróis a se superarem. Vitor já havia vencido o cume mais alto do mundo. Quis provar mais, fazendo a escalada sem a ajuda do oxigênio suplementar. O que leva um ser humano bem sucedido a vencer desafios assim?
Ora, dirão os entendidos, é assim que caminha a humanidade. Se cada um repetisse meu exemplo, ficando solidamente instalado no chão, sem tentar a aventura, ainda estaríamos nas cavernas, lascando o fogo com pedras, comendo animais crus e puxando nossas mulheres pelos cabelos, como os trogloditas --se é que os trogloditas faziam isso. Somos o que somos hoje devido a heróis que trocam a vida pelo risco. Bem verdade que escalar montanhas, em si, não traz nada de prático ao resto da humanidade que prefere ficar na cômoda planície da segurança.
Mas o que há de louvável (e lamentável) na aventura de Vítor Negrete é a aspiração de ir mais longe, de superar marcas, de ir mais alto, desafiando os riscos. Não sei até que ponto ele foi temerário ao recusar o oxigênio suplementar. Mas seu exemplo --e seu sacrifício- é uma lição de luta, mesmo sendo uma luta perdida.
Carlos Heitor Cony, 80, é membro do Conselho Editorial da Folha. Romancista e cronista, Cony foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2000. Escreve para a Folha Online às terças. |
Vinicius de Moraes - Show de palavras lindas!
Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
Vinicius de Moraes
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Educação Ambiental - “auto-transformar-se”
Educação ambiental para auto-transformação
A Educação Ambiental é vista hoje como uma possibilidade de transformação ativa da realidade e das condições da qualidade de vida, por meio da conscientização advinda da prática social reflexiva embasada pela teoria (Loureiro, 2006).
Segundo Loureiro (2006), essa conscientização é obtida com a capacidade crítica permanente de reflexão, diálogo e apropriação de diversos conhecimentos. Esse processo torna-se fundamental para se formar sociedades sustentáveis, ou seja, orientadas para enfrentar os desafios da contemporaneidade, garantindo qualidade de vida para esta e futuras gerações.
Portanto, a educação ambiental deve ser entendida em seu sentido mais amplo, voltada para a formação de pessoas para o exercício da cidadania responsável e consciente, e para uma percepção ampliada sobre os ambientes no qual estão inseridas.
Transformar e aprimorar a relação entre os seres humanos e desses com o ambiente deve ser o maior objetivo da educação ambiental, lembrando que o termo “ambiente” é muito mais que o ambiente natural: incluímos também os modificados pelo homem, como as instituições sociais, a escola, o ambiente de trabalho, a vizinhança etc.
Entretanto, modificar estas relações passa por uma transformação interior de cada ser humano, que inclui o cuidado consigo mesmo: seu corpo, sua saúde, suas emoções. Em um outro nível, inclui a transformação da relação com os demais seres humanos do convívio direto e indireto e com os outros organismos. Num movimento contínuo, crescente e permanente é possível então modificar as relações que as sociedades contemporâneas estabelecem com o mundo.
A educação ambiental transcende seu aspecto puramente comportamental para chegar em outras esferas (e compromissos) como a política e a cultural, pois a educação não pode existir para outro motivo que não o de formar indivíduos críticos de seu papel histórico. Deve subsidiá-los com um repertório que permita a reflexão crítica do desafio existente nos períodos de transição e, a partir de seus próprios impulsos, integrar esse processo rumo à construção de uma realidade mais condizente com sua noção de equilíbrio e sobrevivência.
A educação ambiental precisa ajudar a construir novas formas e possibilidades de relações sociais e de estilos de vida, baseadas em valores éticos e humanitários, e de relações mais justas entre os seres humanos e entre esses e os demais seres vivos. Educar significa, em primeiro lugar, “auto-transformar-se”, pois a educação ambiental precisa ser transformadora, educativa, cultural, informativa, política, formativa e, acima de tudo, emancipatória (Loureiro, 2006).
Para que as mudanças aconteçam, é necessário que a educação ambiental seja assumida pelo poder público em todas as suas esferas e, principalmente, com a participação efetiva da sociedade. À medida que a sociedade participa, ela se apropria do seu papel de atora, co-responsabilizando-se pelas decisões tomadas e vendo-se inserida ao ato educativo. No diálogo e na convivência entre sociedades e poder público a educação para a sustentabilidade acontece e por fim torna-se política pública.
Esse texto foi adaptado de: CIEA’s – Comissões Estaduais Interinstitucionais de Educação Ambiental. Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental, Brasília, 2005, Série Documentos Técnicos.
Fonte bibliográfica: LOUREIRO, C.F.B. Trajetória e Fundamentos da Educação Ambiental. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
LEI DA ATRAÇÃO!
Conhecer a si mesmo é fundamental...
terça-feira, 22 de julho de 2008
domingo, 20 de julho de 2008
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Albert Camus - « Você sabe o que é o encanto? é ouvir um sim como resposta sem ter perguntado nada »
Nunca conseguira arrepender-me verdadeiramente de nada.Assaltaram-me as lembranças de uma vida que já não me pertencia, mas onde encontrara as mais pobres e as mais tenazes das minhas alegrias: cheiros de verão, o bairro que eu amava, um certo céu de entardecer, o riso e os vestidos de Marie.
Respondi que nunca se muda de vida; que, em todo caso, todas se equivaliam, e que a minha, aqui, não me desagradava em absoluto.
— Não, não consigo acreditar. Tenho certeza de que já lhe ocorreu desejar uma outra vida.
Respondi-lhe que naturalmente, mas que isso era tão importante quanto desejar ser rico, nadar muito de pressa ou ter uma boca mais bem feita. Era da mesma ordem. Mas ele me deteve e quis saber como eu imaginava essa outra vida. Então gritei:
— Uma vida na qual me pudesse lembrar desta vida.
Também eu me sinto pronto a reviver tudo. Como se esta grande cólera me tivesse purificado do mal, esvaziado de esperança, diante desta noite carregada de sinais e de estrelas, eu me abria pela primeira vez à tenra indiferença do mundo. Por senti-lo tão parecido comigo, tão fraternal, enfim, senti que fora feliz e que ainda o era.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
PESSOA PESSOA LINDA!!!!!!!!!!
para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva,
para que possamos compreender
o infinito valor da paz.
Outras vezes usa o tédio,
quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade
do que dizemos.
Às vezes usa o cansaço,
para que possamos compreender
o valor do despertar.
Outras vezes usa doença,
quando quer nos mostrar
a importância da saúde.
Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar sobre água.
Às vezes, usa a terra,
para que possamos compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte,
quando quer nos mostrar
a importância da vida".
Fernando Pessoa
quarta-feira, 16 de julho de 2008
CARLOS HEITOR CONY - MEIAS VERMELHAS
Era um garoto triste, procurava estudar muito mas na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa. Os outros guris zombavam dele, implicavam com as meias vermelhas que ele usava.
Um dia, perguntaram porque o menino das meias vermelhas só usava meias vermelhas.
Ele contou com simplicidade:
- "No ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo. Botou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei, comecei a chorar, disse que todo mundo ia zombar de mim por causa das meias vermelhas. Mas ela disse que se me perdesse, bastaria olhar para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas saberia que o filho era dela".
Os garotos retrucaram:
- "Você não está num circo! Porque não tira essas meias vermelhas e joga fora?"
Mas o menino das meias vermelhas explicou:
- "É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando ela passar por mim vai me encontrar e me levará com ela".
Carlos Heitor Cony
terça-feira, 15 de julho de 2008
Camille Claudel
Fonte: http://www.camilleclaudel.com.br/
A maior divulgadora de Camille – sua sobrinha-neta Reine-Marie Paris de La Chapelle, professora e historiadora da arte, fez a direção de arte do filme de Bruno Nuytten. Reine-Marie dedicou-se, desde os 20 anos, a colecionar e resgatar a obra de Camille, reunindo um acervo de mais de 70 peças. Foi quem publicou o primeiro catálogo raisonné (completo) das obras, editado em 1990 e ampliado dez anos depois.
Sinopse
Camille Claudel, certamente, como mulher e artista pioneira, ultrapassou a compreensão de sua época. Além de abrir caminho para outras escultoras de seu tempo.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Luís Fernando Veríssimo - Para se roubar um coração
Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,
a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Sempre que possível, converse com um saco de cimento. Nessa vida, só devemos acreditar no que é concreto !!!”
Sempre que possível, converse com um saco de cimento. Nessa vida, só devemos acreditar no que é concreto !!!”
quinta-feira, 10 de julho de 2008
ESPERANDO AVIÕES
Meus olhos te viram triste
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito
E o louco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito
Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões
Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões
Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações
OSCAR WILDE: "Viva depressa, morra jovem e seja um cadáver elegante".
Egoísmo não é viver à nossa maneira, mas desejar que os outros vivam como nós queremos.
Sou uma daquelas pessoas que são feitas para exceções, não para regras.
Não há nenhuma prisão em nenhum mundo na qual o Amor não possa forçar a entrada.”
Sou a única pessoa no mundo
que eu realmente queria
conhecer bem
Oscar Wilde
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.
Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...
Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.
Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!
Luís Fernando Veríssimo
sábado, 5 de julho de 2008
Luiz Fernando Veríssimo
Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa! Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir 10 ao mesmo tempo.
Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca na sua vida?
ARNALDO JABOR - A LINGUIÇA!!!!!!!!!! HEHEHE
Luis Fernando Veríssimo
Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivencia
e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho!
Chega na hora certa, fala as coisas certas,
faz as coisas certas, mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor...
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
que é pra na hora que vocês se encontrarem
a entrega ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa.
Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.
Essa pessoa vai tirar seu sono.
Essa pessoa talvez te magoe e depois te enche de mimos pedindo seu perdão.
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você.
Vai estar o tempo todo pensando em você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo,
porque a vida não é certa.
Nada aqui é certo!
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo, amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo,
querendo,conseguindo...
E só assim, é possível chegar àquele momento do dia em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade, tudo o que Ele quer é que a gente encontre a pessoa errada pra que as coisas comecem a realmente funcionar direito pra
gente...
CAMUS, LUÍS F. VERÍSSIMO, CONY
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Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando... Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive, já morreu...
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Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o AMOR existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!
Luís Fernando Veríssimo
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"O beijo é um truque delicioso arquitetado pela natureza para interromper a fala quando as palavras se tornam supérfluas". Cony
sexta-feira, 4 de julho de 2008
VERDADE - Carlos Drummond de Andrade
A porta da verdade estava aberta,
Luís Fernando Veríssimo - DAR NÃO É FAZER AMOR
Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem
esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar
o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
"Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar
Experimente ser amado...
quarta-feira, 2 de julho de 2008
O BEIJO
A Mulher e o Mundo - Carlos Heitor Cony
Em geral, atribui-se aos homens o desejo de reduzir as mulheres às condição de escravas domésticas. Muitos são assim e continuam assim. E há mulheres que gostam disso, encontram prazer em servir. E se o fazem com amor, tudo bem.
Outras preferem ir à luta. Enfrentam cara a cara a concorrência, a deslealdade, a puxação de tapete, a necessidade de crescer, cerscer, crescer - até chegar a hora em que, cansada de tudo, olha para sua casa, talvez olhe para seu fogão, e pense consigo mesma: - "O que a vida está fazendo comigo? É isso mesmo que eu quero? "
O certo é o contrário. Fazer a própria vida, seja lá onde for. Seja lá como for. Seja lá com quem for.
NÃO SERIA PERFEITO??????
A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?
Improvável.......
EDUARDO SANTOS - BLOG
Quando te vi amei-te já muito antes. FERNANDO PESSOA
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo.
Não há cousa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que o não fôsse porque te previa,
Porque dormias nela tu futuro.
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E eu soube-o só depois, quando te vi,
E tive para mim melhor sentido,
E o meu passado foi como uma 'strada
Iluminada pela frente, quando
O carro com lanternas vira a curva
Do caminho e já a noite é tôda humana.
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Quando eu era pequena, sinto que eu
Amava-te já longe, mas de longe...
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Amor, diz qualquer cousa que eu te sinta!
-Compreendo-te tanto que não sinto,
Oh coração exterior ao meu!
Fatalidade, filha do destino
E das leis que há no fundo dêste mundo!
Que és tu a mim que eu compreenda ao ponto
De o sentir...?
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(Fernando Pessoa)