domingo, 28 de fevereiro de 2010

Wilmar Silva - Livro SILVAREDO - eros

eros
varou em mim tua papoula
de ópio e ouro nos lábios
erotizou-me tua pássara
antes fugidia e fugaz

esverdeou a túmida raiz
e aninhou atrás do pomar
quis riscá-la com estrelas
nascentes na palma da mão

veloz e viril esculpi
um chão inebriante de vôos
etéreo viajante do corpo
azulei de sêmens teu trevo

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O INDIZÍVEL - ANTONIO MIRANDA - livro Memórias Infames




As palavras não podem dizer tudo:
podem dizer mais do que tudo!

As palavras não são as coisas,
mas coisas em si mesmas:
criando ou revelando realidades
além das coisas
_ tentativa vâ
a de usar as palavras
para descrever coisas
_serão outras coisas:

a Poesia é estas outras coisas
que só existem na Poesia.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sempre que poesia - José Maurício de Oliveira Neto

O escritor e poeta José Maurício de Oliveira Neto e amigos no Villa Rizza.





sempre que poesia

eu respeito o amor e a borboleta
o simples e o complexo
respeito teu silêncio
teu grito de dor
me faço leito e rio
e agarro tua ancora

travesseiro
aceito teu rosto
absorvo tua lágrima

respeito a estrela e o caminho
o ridículo e o transparente
e me entrego sempre que sempre
sempre que suave
sempre que tênue
sempre que poesia


José Maurício de Oliveira Neto

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

LIMITES? Cláudio Márcio Barbosa - Livro "Nós da Poesia"



Limites?

Ter limites
É não ousar
É não falar, não ouvir
Ter limites é não experimentar
É não provar o diferente
Ter limites é não perguntar
Não responder.
É não chorar, não sorrir
Não saber por onde andar
É não dar passos em compasso
Com o coração, é não ter ação
Não conquistar a razão.
Ter limite é não ter sentido
É não ser sentido.

Por quê
Pra que nos limitar
Se temos o mundo
Como palco
A vida
Como roteiro.

Assinemos a direção!!!

Encontro - Clevane Pessoa (Livro "EROTÍSSIMA")



ENCONTRO

A vinha, a vindima, o vinho
a gavinha
a garra...

Você vinha
com beijos de vinho,
boca de tinta
de vinho tinto.

Levinho, vinha
conforme convinha
dentro de meu coração cansado.
azinhavre.

Acre ácido
a corroer a emoção, o desejo guardado.
O colo fremente, mas não de paixão.

A camisola, levinha,

A uva, o vinho, a vinha,
o sonho, a sanha.
A gavinha partida.
A ida.

Des/encontros de verão.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Verão Poesia - Palácio das Artes - 09/02/10 - Fotos

Antonio Miranda - Livro Memórias Infames

Wilmar Silva - Livro SILVAREDO poética não completa

Bilá Bernardes e Angélica Nogueira

Antonio Miranda, Eduardo Jorge, Rogério Barbosa

Lúcia Serra e Angélica Nogueira

Antonio Miranda

Fabrício Marques, Mário Alex Rosa, Rogério Barbosa.

Francesco Napoli e Wilmar Silva

Antônio Dayrell

Wilmar Silva

REDOMA DE VIDRO by Angélica Nogueira

OS POEMAS AQUI POSTADOS ESTÃO EDITADOS NO LIVRO "EALOUCATINHAEMOÇÃO", Todos os direitos reservados.

Redoma de Vidro




Angélica Nogueira



Estou....



Numa redoma de vidro

Repleta de algodão.

Aqui

É macio

Mas, sufocante...



Há mais alguém aí?



Num esforço extremo

Vou movendo meu braços

Afastando os pedaços

Em busca de ar

Em busca da saída

Em algum lugar deve estar...



Alguém me ouve?



Você...



Outro

Eu em você

Você no Eu

Eu, Tu

Nós

Dois

Um mais Um

Um

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Angélica Nogueira

Formada em Arquitetura, pós-graduada em Urbanismo (UFMG), pintora, fotógrafa, poetisa, praticante de ikebana. Natural do Rio de Janeiro, atualmente vive em Belo Horizonte. Aprecia as artes de forma independente, intuitiva e quer dar ao mundo seu encantamento, percepção, intuição, emoção, de forma simples, intensa, com todo o entusiasmo de estar mostrando algo, que vem de dentro de si, de alma para alma. Acredita que a missão da arte é ser uma seta no caminho do florescer da sensibilidade do artista e de quem a aprecia.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

MEUS POEMAS, MEUS AMORES...


Em mim, a poesia nasceu da necessidade de catalisar meus sentimentos, me ajudando a evidenciar a verdade do que sou, do que acredito, numa dimensão mais profunda do meu ser.

O que mais me encanta neste processo é que a essência da poesia se encontra em você, que a lê, e através de seu entendimento e imaginação traduz e aflora a sua percepção, a sua emoção.

Assim sinto a missão de um poema, um indicador para que nossa sensibilidade aflore.


Este blog nasceu em 2007, da necessidade de colocar aqui, textos, poesias, ensinamentos, etc. Uma preciosa coleção de palavras, recheadas de emoções, que traduzem meus mundos. A partir desse momento, começo a alçar novos vôos, me atrevendo a postar meus poemas.


Pra falar um pouco de mim:


Formada em Arquitetura, pós-graduada em Urbanismo. Pintora. Ikebanista. Poetisa. Fotógrafa.


Aqui você encontrará um pouco de tudo, explodindo em cores e em amores . Caleidoscopica mente